ORIGEM DA UMBANDA



Origem da Umbanda



A Umbanda tem origens variadas (dependendo da vertente que a pratica).

Em meio as festas nas senzalas os negros escravos comemoravam os Orixás por meio dos Santos Católicos. Nessas festas eles incorporavam seus Orixás, mas também começaram a incorporar os espíritos ditos ancestrais, como os Pretos-Velhos ou Pais Velhos (espíritos de ancestrais, (que não era de antigos Babalaôs, Babalorixás, pois esses são cultuados no Culto aos Egungun em Itaparica, Bahia, e nem Iyalorixás pois essas são cultuadas no Culto das Iyás) eram antigos "Pais e Mães de Senzala": escravos mais velhos que sobreviveram à senzala e que, em vida, eram conselheiros e sabiam as antigas artes da religião da distante África), que iniciaram a ajuda espiritual e o alívio do sofrimento material daqueles que estavam no cativeiro.


houvesse uma certa resistência por parte de alguns, pois consideravam os espíritos incorporados dos Pretos-Velhos como Eguns (espírito de pessoas que já morreram e não são cultuados no candomblé), também houve admiração e devoção.
<
Com os escravos foragidos, forros e libertados pelas leis do Ventre Livre, Sexagenário e posteriormente a Lei Áurea, começou-se a montagem das tendas, posteriormente terreiros.
Em alguns Candomblés também começaram a incorporar Caboclos (índios das terras brasileiras como Pajés e Caciques) que foram elevados à categoria de ancestral e passaram a ser louvados. O exemplo disso são os ditos Candomblé de Caboclo. Muito comuns no norte e nordeste do Brasil até hoje.
No início do século XX com o surgimento da Umbanda, esta que muitas vezes era realizada nas praias começou a ser conhecida pelo termo macumba, pois macumba nada mais é que um determinado tipo de madeira usada para produzir o atabaque usado durante as giras; por ser um instrumento musical, as pessoas referiam-se da seguinte forma: "Estão batendo a macumba na praia", ficando então conhecidas as giras como macumbas ou culto Omoloko. Com o passar do tempo, tudo que envolvia algo que não se enquadrava nos ensinamentos impostos pelo catolicismo, protestantismo, judaísmo, etc, era considerado macumba. Com isso, acabou por virar um termo pejorativo.


É preciso entender que a Umbanda, nascida e praticada no Brasil, com a fusão de várias religiões, apesar de várias raizes de origem africanista, não tem similar, nem mesmo na áfrica. Não lida com orixás (deuses do Panteão Africano), propriamente ditos; mas incorporando em seus adeptos, caboclos, pretos-velhos, crianças, baianos, boiadeiros, espíritos da água, eguns, exus (não os da África) e outros, que são entidades desencarnadas da Terra.
Assim, abriga princípios, fundamentos e características diferentes em seu sincretismo afro-índio-católico-cardecista básico.


O Candomblé, outra ramificação oriunda de raizes negras, é a que mais conservou as tradições da fonte; contudo também sofreu e sofre influências de outros cultos em seus ritos, notadamente o da Umbanda, tanto que se cognominou alguns tipos de engiras mescladas, de "Umbandomblé" (mistura de Umbanda e Candoblé), quando se nota diferenças ou semelhanças, com predominância de um deles. O que sucedeu à Umbanda, no tocante à nova concepção, imagem filosófica-religiosa e adaptação, sucedeu também ao samba que, como é executado atualmente, só existe no Brasil, apesar de raízes tipicamente africanas.
A Umbanda nascida no Brasil, foi fundada pelo Caboclo das 7 encruzilhadas, com incorporação em um médium em 15/11/1908, inaugurando a primeira tenda de Umbanda no Brasil.


A Umbanda Brasileira, propriamente dita, sincretiza geralmenteos seguintes grupos: Afro (Jêje, Nagô, Malê, Banto, Mina); Kardecismo, Pajelança, Catolicismo. Os outros são variações complementares ou adições especiais criadas por seus praticantes.